Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

sábado, 19 de junho de 2010

As Crônicas de Elgalor - Capítulo 5: Terror


Caros amigos e visitantes! Trago-vos no dia de hoje, sob a benção de Odin, o quinto capítulo das crônicas de Elgalor, no qual temos nosso primeiro contato com o dragão Charoxx...


A todos, desejo uma boa leitura, e que os ventos da boa sorte sempre vos acompanhem...


As Crônicas de Elgalor - Capítulo 5: Terror

Conduzidos por Hargor e Oyama, o grupo seguiu por trilhas ocultas nas montanhas, caminhos secretos dos anões que levariam todos ao covil de Charoxx, um dragão vermelho abissal com sete séculos de vida. Derrotando o dragão, os aventureiros conseguiriam uma chave, que os permitiria entrar na Torre do Desespero.

Como era de se esperar, ninguém estava com ânimo para conversas; eles haviam acabado de velar um batalhão inteiro de anões e estavam indo rumo a uma batalha que, mesmo se vencida, dificilmente seria ganha sem nenhuma baixa. Assim, o grupo caminhou em silêncio quase absoluto por cerca de meia hora. Quando a trilha parecia terminar em um enorme rochedo, a cerca de cem metros deles, Hargor fez sinal para todos pararem:
- Aqui é a entrada – disse o clérigo – é hora de nos prepararmos.
- Muito bem – respondeu Oyama – vamos acabar logo com isso. Não temos a noite inteira.
- Apenas um tolo corre em direção à própria morte – disse Aramil observando o rochedo, como se estivesse pensando alto.
- E apenas um covarde foge dela – retrucou Oyama aborrecido.
- Basta! – gritou Hargor.
- Estamos todos nervosos – disse Astreya em tom conciliador – vamos nos acalmar e prosseguir com os preparativos.
- Sábias palavras – respondeu Erol subindo agilmente em uma pequena colina para observar melhor a área – Supondo que o combate vá muito bem para o nosso lado, existem passagens alternativas por onde Charoxx possa escapar?
- Não, apenas aquele rochedo – respondeu Hargor em tom sombrio – para sair, ele teria que matar a todos nós primeiro.
- Ótimo! – disse Bulma repleta de confiança – isso significa que ele não vai fugir.
- Aquele rochedo não é real, não é Hargor? – perguntou Aramil olhando para o clérigo.
- Olhos perspicazes, elfo – respondeu o anão – há uma magia ocultando a entrada, mas como este é nosso território, nós anões podemos ver através dela.
- Existem pelo menos dez runas protegendo o lugar... – disse Aramil.
- Você pode desativá-las? – perguntou Astreya ao mago.
- É claro - respondeu Aramil com a arrogância de sempre – só preciso de alguns instantes. Mas antes...

Subitamente, o mago começou a se concentrar e fazer gestos rápidos e precisos com as mãos:
- Nobres espíritos elementais da água, ouçam meu chamado, e envolvam todos aqui presentes em vosso manto protetor.
Neste momento, todos sentiram como se uma tênue aura azulada envolvesse seus corpos.
- Isso nos protegerá contra o sopro de fogo do dragão, pelo menos no início – disse Aramil se voltando novamente para o rochedo.
- Ótimo – disse Hargor batendo sua arma no chão. Conforme o clérigo começou a orar, runas azuis brilharam em seu martelo de guerra, e uma aura prateada envolveu a todos.
- “Moradin, grande pai dos anões, invoco agora tua nobre benção para esta batalha. Que nossos espíritos e corpos recebam o vigor das montanhas, e que nossas armas golpeiem como o aço sagrado de tuas Forjas”

Enquanto a magia de Aramil protegera o grupo contra magias e sopros de fogo, a benção de Hargor tornara seus corpos e espíritos mais resistentes, além de consagrar as lanças matadoras de dragão com uma poderosa energia divina.

- Eu me encarrego de curar nossos ferimentos e renovar as proteções mágicas – disse Astreya tirando de sua pequena bolsa arcana um cajado branco e alguns pergaminhos.
- Certo – concordou Hargor tirando de dentro de sua armadura de batalha um pequeno amuleto em forma de martelo – Bulma, coloque isso em seu pescoço.
- Para quê? – respondeu Bulma olhando curiosa para o amuleto.
- Vai proteger você contra controle mental caso o dragão enfraqueça a proteção que Moradin nos deu – respondeu o clérigo.
- Guarde com você – disse Bulma devolvendo o amuleto – ainda não houve ser neste mundo capaz de dobrar minha força de vontade.
- Se este for o primeiro – disse Oyama com um olhar sério para a bárbara – ele vai jogar você contra o resto de nós...
- Não podemos correr este risco, Bulma – continuou Erol percebendo a relutância da bárbara – Se não colocar o amuleto, você não entrará conosco.

- Muito bem – respondeu Bulma após alguns tensos instantes, colocando o amuleto de Hargor - mas só porque isso foi abençoado pelos deuses da guerra. E outra coisa, elfo...
- O que foi? – respondeu Erol.
- Eu vou onde quero, e da próxima vez que você tentar me ameaçar, é bom estar com as espadas em punho – disse Bulma olhando fria e severamente para o ranger.
- Vou me lembrar disso – disse Erol se virando e caminhando na direção de Aramil.

Antes que Erol chegasse, Aramil estendeu as duas mãos na direção do grande rochedo e um vento forte partiu de seus dedos, e todos ouviram um grande estalo.
- Pronto... – disse Aramil exausto, secando gotas de suor de sua testa – todas as runas foram removidas.
- Chegou a hora! – gritou Oyama batendo uma mão contra a outra.

O grupo avançou em direção ao imponente rochedo. Hargor entrou primeiro e os demais, mesmo vendo uma intransponível barreira natural, fecharam os olhos e seguiram em frente. Ao passar pela entrada, todos se viram em um gigantesco corredor de rocha vulcânica, com filetes de lava correndo pelo chão e pelas paredes. O calor incomodava, mas não feria, graças à proteção conjurada por Aramil.

Conforme andavam, todos sentiam como se seus espíritos estivessem sendo esmagados por uma presença invisível, absurdamente antiga e poderosa. Astreya instintivamente pegou sua harpa e começou a entoar uma canção para encorajar seus companheiros, quando todos ouviram uma voz grave e maliciosa ecoando por todo o imenso corredor:

- Sejam bem vindos, nobres “heróis”. Tenho certeza que me trouxeram doces oferendas para compensar os servos orcs que vós e aqueles malditos anões matastes. Ficarei com vossa barda e estas ignóbeis lanças, além do resto de vossos pertences mágicos. Venham a mim, bravas almas, pois Charoxx, o Destruidor de Mundos, também vos dará um belo presente...

No instante seguinte, um pulso de energia percorreu ferozmente o amplo corredor, anulando todas as proteções mágicas dos nobres salvadores de Elgalor...

13 comentários:

  1. Fantástico. Mal posso esperar pela continuação.

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  2. Vardalon Algoz de Hextor19 de junho de 2010 às 14:59

    É um grande desafio que você Lady Astreya e seus companheiros terão de enfrenta para livrar seu mundo da sombra anárquica de Grummsh. Que benção e o poder bélico e opressor de Hextor os acompanhe nesse desafio mortal. E descartai essa selvagem Bulma, que não olha para o bem de seu grupo e missão, e sim para batalhas pessoais e ameaça seus companheiros.

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  3. Na semana que vem teremos a continuação, bom amigo Jaco, e seja bem-vindo, Vardalon! De fato, é uma grande e difícil contenda essa a que enfrentamos e agradeço por vosso apoio; não te preocupes com Bulma no entanto, pois apesar de possuir essa personalidade, ela provou ser uma valorosa aliada, acabando por aceitar nossos conselhos em situações difíceis mesmo que relutantemente.

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  4. Gronark Flagelo de Homens, Mulheres e Crianças20 de junho de 2010 às 17:02

    Malditos sejam todos vocês, meu mestre Erythnul O Deus da Matança a de se banquetear na carne de vocês todos depois que desmembrar o caolho Odin em seus salões, e eu irei possuir vossas mulheres, filhas, irmãs e avós lenta e dolorosamente, e nem Hargor, Oyama, Aldharon, Erol, Vardalon, Artanis e Aramil poderão me deter.
    Astreya e Bulma tenho algo preparado para vocês meus amores, evolvendo facas e um leito AHAHAHAHAHAHAH.

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  5. Pois é melhor estar bem preparado quando fizeres tais ameaças, Gronark. Meu grupo já matou muitos que proferiam estas mesmas promessas.

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  6. Gronark Flagelo de Homens, Mulheres e Crianças20 de junho de 2010 às 19:15

    Mas eu também tenho o meu grupo amor, e estamos observando vocês há tempos, mas voces não sabem quem somos, bem seu amado já sofreu nas mãos de um de nós.
    AHAHAHAHAHAHAHA

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  7. Estás blefando, cão. Não me assustas com vossos comentários.

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  8. Gronark Flagelo de Homens, Mulheres e Crianças20 de junho de 2010 às 19:42

    Não mesmo Mestiça? Lembrasse de Skarr o orc? Bem ele se lembra de você e outros também, e o velho caolho não é nada comparado ao Senhor dos Massacres, eu tomarei e destruirei o que quiser, e nada nem ninguém ira me deter isso incluindo Hargor, Oyama, Aldharon, Erol, Vardalon, Artanis e Aramil.

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  9. Pois bem, Gronark. Aparentemente nos veremos em batalha então, e se realmente tiveres feito algo a meu amado, prepara-te para enfrentar-me na melhor de minhas performances, pois minha motivação em matar-te será muito maior. E prepara-te também para enfrentar os maiores guerreiros e o maior mago de Elgalor, cão!

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  10. Faço votos que o bem triunfe sobre o mal com o menor número de baixas possível.

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  11. Muito bom senhora da casa rosa!
    Mnar o Urso.


    Gostaria de aproveitar esse post para convidá-los a participarem do Contos da Blogosfera, confiram são bem vindos, http://dragoesdosolnegro.blogspot.com/2010/06/projeto-contos-da-blogosfera-vai-reunir.html

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  12. Obrigada, Mnar e Casa dos Dragões do Sol Negro! Eu com certeza enviarei algo para participar de vossa ótima iniciativa, e creio que meus amigos Odin e Krull também gostarão muito de participar.

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