Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 4)



Boa noite, caros visitantes! Mais uma vez trago-vos com grande honra As Crônicas de Elgalor, dando continuidade a nosso tormento na Torre do Desespero...

Boa leitura e que os ventos da boa sorte estejam com todos vós!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 4)

Por ODIN.

- Está se sentindo melhor?

Bulma abriu os olhos e viu Evan. O paladino estava extremamente ferido, e ela podia sentir uma forte preocupação em seu olhar. Usando seus poderes de cura, ele estava fechando os ferimentos nos pulmões da bárbara.
- Você deveria guardar um pouco para si – disse a bárbara se levantando e percebendo que, apesar de não estar totalmente curada, seus ferimentos haviam sido suficientemente tratados.
- O importante é que você está bem – respondeu Evan olhando os arredores – lamento por não conseguir curá-la plenamente. Precisamos encontrar Hargor o quanto antes.
- Se ele ainda estiver vivo – disse a bárbara em um tom sombrio – mas de qualquer forma, o que aconteceu com você?

Evan se manteve calado por um instante, como se a mera lembrança o ferisse. Por fim, falou:
- Resumindo muito, o demônio me enganou e me fez acreditar que inocentes estavam presos na torre, sendo torturados por uma criança dominada por um espírito maligno. Ele disse que eu só poderia salvá-los se matasse a criança, que chorava compulsivamente enquanto torturava diversas pessoas. De alguma maneira, senti em meu corpo e em minha alma o tormento daquelas pessoas, mas me recusei a matar a criança.
- E o que aconteceu? – perguntou Bulma percebendo que apesar desta ser uma forma risível de tortura aos olhos dela, deveria ter afetado muito alguém com a alma de Evan.

- Ele disse que libertaria a criança se eu me ajoelhasse e trespassasse meu ventre com a ponta de minha lança – respondeu Evan.
- Eu fiz isso – continuou o paladino – e o demônio gargalhou de tal forma que meus ouvidos quase explodiram. Quando eu estava para morrer, ele disse que tudo aquilo era uma ilusão, e que sabia que eu “não iria arriscar e iria agir como um idiota”. Ele gargalhou mais uma vez e quando abri os olhos, estava nesta sala.
- Ele não quer nos matar, Evan – disse Bulma – pelo menos não por enquanto.
- O maldito está brincando conosco – respondeu o paladino – tentando nos enlouquecer.

- De qualquer modo, há um portal à nossa frente – disse Evan – Vamos procurar os outros.

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Longe dali, um clarão vermelho iluminou o salão e Aramil emitiu um grito, como se sua alma estivesse sendo dilacerada. O elfo se recompôs e percebeu que estava preso em alguma coisa. Neste momento, ele ouviu o grito de Astreya.
- Aramil! – gritou a barda desesperada – o que é isto?
- Por Corellon... – gaguejou o mago completamente estarrecido – Como...

Astreya e Aramil, de alguma forma estavam na mesma sala, e a mão esquerda da barda estava grotescamente fundida à mão direita do mago.

- Maldito demônio! – gritou Aramil – você vai pagar por esta humilhação!
- Obrigada pela sensibilidade, Aramil – ironizou Astreya – você pode desfazer isso?
- Se eu pudesse, acha que ainda estaríamos presos? – respondeu Aramil em um rompante de fúria e frustração.
- Elfo incompetente! – gritou Astreya.

Neste momento, ambos se calaram.
- O que você disse, Astreya? – perguntou Aramil.
- Eu... estava falando como você... – respondeu a barda sentindo um terror tomar seu coração.
- Foi o que pensei... – respondeu Aramil – estou sentindo pensamentos repulsivos sobre a amizade e amor entre elfos e ... humanos... MALDIÇÃO! Nossas essências estão se fundindo!
- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHA – ecoou a risada macabra por todo o salão.

- Este é o plano dele – analisou Astreya – seria fácil demais matar qualquer um de nós se estivéssemos sozinhos, e provavelmente não resistiríamos a suas torturas pelo tempo que ele gostaria, então...
- Pare de me imitar, meio elfa! – gritou Aramil.
- É a primeira vez que ouço você dizer “meio elfa” – respondeu Astreya, preocupada demais para fazer piada com a situação.
- E pare de pensar no rei Coran cada vez que fica com medo, tola! – disse Aramil – isto está ficando embaraçoso.
- Aramil! – gritou Astreya envergonhada.

- Eu poderia ver isto o dia todo, mas tenho outros homenzinhos para torturar – ecoou novamente a voz do demônio – Veja pelo lado bom, Aramil: Eu poderia ter fundido você com Oyama.... HAHAHAHAHAHAHA!

- Ele deve ter algo terrível planejado para Oyama para não ter realmente feito isto – disse Astreya preocupada.
- Cale-se! – resmungou Aramil – Agora estou me sentindo preocupado com o monge idiota! Como você consegue viver sendo tão infantil, Astreya?
- E como você consegue ser tão egoísta, Aramil? – retrucou a barda.

Antes que o mago respondesse, o salão se tornou mais frio, e Astreya e Aramil começaram a ouvir ruídos de criaturas rangendo dentes e se arrastando por todo o salão.
- Você ainda consegue conjurar magias, elfo – perguntou Astreya sacando sua cimitarra.
- Vamos descobrir – respondeu Aramil erguendo seu cajado...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Lady in the Water


Ao assistir esta delicada película, eu percebi que nunca havia notado o quanto sua trilha sonora era bela e apropriada para uma cena que precise despertar encantamento e suavidade... E tive a sorte de achar um vídeo que reunia algumas das partes mais belas desta trilha (ainda que ela receba um final um pouco abrupto, vale a pena).




Composições do incrível James Newton Howard.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 3)


Boa tarde, amigos e visitantes! Com grande alegria trago mais uma parte da saga dos heróis de Elgalor! Sem mais delongas, desejo-vos uma boa leitura e que os ventos do sucesso soprem sempre a vosso favor!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 3)

Por ODIN.

Bulma passou pelo portal e se viu em uma imensa floresta. A bárbara achava que ainda estava dentro da torre, e que por meio de “magia negra”, ela estava sendo levada a acreditar estar em outro local.
- Vamos logo com isso, verme! – gritou Bulma desafiadora – apareça para que eu possa te estripar e seguir em frente!
- Você está sempre com pressa, não é? – ecoou uma voz suave, aparentemente vinda do meio das árvores – sempre atrás de sangue.
- Cale-se e apareça, covarde! – gritou Bulma de novo.
- Se você pudesse me ver, bárbara – continuou a voz – não estaria falando com tanta arrogância. Mas se é sangue que você quer...

Neste momento, a floresta começou a ficar escura e fria, e um forte vento começou a soprar, como se viesse de todos os lados ao mesmo tempo. O vento subitamente soprou com ainda mais força e Bulma sentiu garras enormes rasgando suas costas. A bárbara se virou e viu uma criatura imensa e extremamente musculosa. A criatura tinha o aspecto de um grande humanóide careca, de pele azul escura, olhos completamente brancos, e grandes presas e garras nas mãos.

Sem hesitar, Bulma virou seu machado com violência, mas a criatura agilmente se esquivou para trás e cuspiu um dardo longo feito de osso, que passou a menos de um centímetro do coração da bárbara. A meio orc sentiu seus músculos queimarem e deduziu que havia veneno no dardo que a criatura havia expelido. Não se importando com isso, ela se entregou à sua fúria bestial e se lançou contra a criatura, desta vez com mais velocidade e força.

O machado de Bulma atingiu as costelas da criatura, mas sua pele era resistente como uma armadura. Ainda assim, o golpe foi capaz de arrancar um viscoso e escuro fluido do corpo da criatura, que revidou instantaneamente com dois golpes de suas garras. Bulma foi capaz de bloquear o primeiro com o machado, mas o segundo atingiu sua testa, fazendo com que sangue começasse a escorrer para seus olhos, tornando ainda mais difícil enxergar a criatura naquela escuridão.

- HAHAHAHAHAHA! Você pretende mesmo derrotar Thurxanthraxinzethos? – zombou o demônio entre as árvores.

- CALE-SE! – rosnou Bulma fazendo um corte profundo no peito da criatura, que desta vez deu um passo para trás tamanha era a força e a fúria do ataque.

Bulma avançou com violência, mas caiu na armadilha da criatura, que agilmente se recuperou do impacto do golpe que levara, se desviou da lâmina do machado dela e lançou com incrível precisão suas garras na direção dos pulmões da bárbara. Bulma gritou e cuspiu muito sangue, enquanto a criatura sadicamente penetrava vagarosamente suas garras nos pulmões da meio orc.
- Você causou a morte de Erol, Bulma – disse o demônio em um tom quase melodioso – e agora deve pagar por isso. A menos que aceite minha oferta...
- Vá... para... o inferno! – gemeu Bulma sentindo todo seu corpo tremer e seu machado cair no chão.
- Eu já estou lá, bárbara – disse o demônio com sarcasmo - assim como seu amigo Erol que foi morto de forma tão brutal pelo seu machado. Ele não encontrou paz alguma na morte, pois foi brutalmente assassinado por alguém que considerava uma aliada e talvez até amiga. E você não tem muitos amigos, não é, Bulma?
- Verme... – rosnou Bulma sentindo tudo girar e ficar ainda mais escuro.
- Você é uma matadora, Bulma – disse o demônio como se quisesse tentar ajudar a bárbara – pare de fingir ser uma heroína e junte-se àqueles que realmente pensam como você. Eu até lhe darei poder para acabar com Thurxanthraxinzethos.

Bulma fechou os olhos enquanto seu sangue jorrava para fora do corpo. De repente, ela deu um grito bestial e arregalou os olhos, que revelavam que não havia mais consciência ou racionalidade alguma dentro dela. Com suas últimas forças, Bulma ergueu suas mãos e enterrou seus dedos nos dois olhos da criatura, que emitiu um grito completamente agonizante. Em seguida, Bulma arrancou os olhos de seu inimigo, que retirou as garras dos pulmões da bárbara e caiu cambaleante no chão. Ignorando a dor que sentia, Bulma agarrou seu machado e enterrou sua lâmina na garganta da criatura. Ela repetiu este gesto quatorze vezes, até que caiu exausta no chão em meio a uma poça de sangue e músculos destroçados.
- Vá... para o inferno... – gemeu Bulma para o demônio – eu posso morrer aqui, mas os outros vão arrancar o seu...

- HAHAHAHA! Morrer? -gritou o demônio no mais absoluto delírio – Está brincando? Depois de toda a diversão maravilhosa que você me proporcionou?

Bulma olhou para cima rosnando, mas já não enxergava nada. Apenas ouvia as gargalhadas do demônio ecoando em sua mente.
- Você vai se juntar a mim, Bulma – disse o demônio ainda se deleitando com a cena de carnificina deixada pela bárbara – É apenas uma questão de tempo. Por isso, vou dar-lhe uma chance.

Neste momento, a floresta desapareceu e Bulma pôde sentir que estava “novamente” em um grande salão da Torre do Desespero. Um grande portal se abriu à frente do corpo tombado da bárbara, e outro menor surgiu atrás dela. Bulma desmaiou, enquanto alguém ou alguma coisa deixou o portal menor atrás dela e caminhou pesadamente em sua direção.

Era Evan, o Justo. Extremamente ferido, e com a armadura em frangalhos.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fantasia


Produzido nos estúdios Disney no ano de 1940, Fantasia é considerado um clássico da animação e eu reitero tais palavras. Essa encantadora mistura de música clássica e elementos fantásticos é uma pequena pérola que impressiona por sua perfeição técnica e artística tendo sido feita em épocas ainda longevas e que não contavam com todos os aparatos digitais que hoje pipocam em Midgard e produzem películas na terceira dimensão. E mesmo assim, Fantasia enche-me os olhos muito mais do que qualquer animação feita nos dias de hoje. Para quem nunca conheceu o desenho, Fantasia conta com oito curtas acompanhados de clássicos:

1. Tocata e Fuga em Ré Menor, de Johann Sebastian Bach, é onde, pela primeira vez, Disney e seus artistas se arriscaram no mundo da abstração e a equipe de efeitos especiais teve a chance de colocar todo o seu talento na tela;
2. Suíte Quebra-Nozes, de Tchaikovsky, é o segmento onde os artistas tomaram um caminho diferente da tradicional história envolvendo brinquedos, fazendo sua própria interpretação da música e mostrando um número que simboliza as estações do ano, através de fadas aladas e outros elementos da natureza, como flores e peixes bailarinos, cogumelos chineses e cravos russos;
3. O Aprendiz de Feiticeiro, de Paul Dukas, apresenta o rato Mickey no papel do feiticeiro afobado que quer aprender seu ofício antes da hora. Para isso, ele rouba o chapéu mágico de seu mestre Yen-Sid e dá vida a um bando de vassouras para encher o caldeirão de água e, como resultado de sua teimosia, cria algo que nem ele mesmo sabe controlar;
4. Sagração da Primavera, de Igor Stravinsky, é como uma explicação científica da evolução da vida na Terra, desde os primeiros seres microscópicos aos gigantescos dinossauros

Agora acontece uma pequena pausa onde o apresentador Deems Taylor apresenta ao público a trilha sonora.

5. Sinfonia Pastoral, de Beethoven, tem como cenário o Monte Olimpo e o elenco de personagens é composto de figuras fantasiosas como cavalos alados que cortam o céu, sátiros que saltam pelos campos, cupidos, centauros e suas namoradas; Este segmento do filme causou muita polêmica ao mostrar centauras e cupidos nus e mostrou uma centaura negra servindo outras brancas. (Tais cenas foram cortadas da versão em VHS e DVD, mas realmente mostravam uma centaura negra arrumando as brancas - já vi a versão sem cortes)





6. Dança das Horas, de Amilcare Ponchielli, apresenta uma sátira ao balé clássico e representa as horas do dia por um grupo de animais, como avestruzes, hipopótamos, elefantes e jacarés;
7. Uma Noite no Monte Calvo, de Modest Mussorgsky, é ilustrado pelo demônio Chernabog que vive no alto da montanha, e que na noite de Halloween vem atormentar as almas do vilarejo;


Uma boa música para servir de trilha sonora para os momentos mais sombrios e ambientações assustadoras em nossas mesas de jogo... Este trecho sempre me agradou pela bela representação da batalha entre luz e sombras e da "vitória" da primeira com o belíssimo desfecho da Ave Maria de Schubert.

8. Ave Maria, de Franz Schubert, é o segmento que fecha o filme e talvez seja o mais simples deles; apresenta uma procissão religiosa que segue até uma capela gótica.

(Fonte do texto onde as músicas são citadas: wikipedia - perdoem-me pela falta criatividade, mas como o texto estava bom não vi necessidade de mudá-lo)...


Esta animação ganhou dois oscar honorários pela sua criatividade e beleza, mas quando lançada não agradou aos críticos e foi desprezada pelo público. Apenas após os anos 60 Fantasia começou a ser valorizado e ganhou seu público, sendo que foi homenageada 60 anos depois com o lançamento de Fantasia 2000. Acima, coloquei excertos das partes que mais me agradam neste belo desenho (aqueles que consegui encontrar com boa qualidade). Apesar de preferir o desenho original, a última animação de Fantasia 2000 é extremamente bela e recomendo para todos os druidas que por aqui passarem...



Espero que tais imagens e belas músicas possam inspirá-los para criar novos locais, mundos e personagens em vossas mesas, nobres visitantes...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Uma elegia aos espíritos caídos...


Eis uma pequena homenagem a semana dos paladinos caídos dos Salões de Valhalla e aos acontecimentos que se desenrolam entre uma alma corrompida e um príncipe élfico...




Battlefield - Blind Guardian

It cannot be seen
but there's blood on the green
only god knows I'm innocent
take me, take me home
a dark seed reigns in me
like the storm rules over the sea
i challenge thee, do not cross
the bridge alone

Don't dare me now
the threatening shadow will pass by
they're getting closer now
open your eyes
wake up my dear young friend
and hate shall fade away

I will not move, yet
I'll stand still, instead

There on the battlefield he stands
down on the battlefield he's lost
and on the battlefield it ends

War and anger shall reign
the clash of iron can be heard
by blindness you're driven insane
I'm lost in anguish and grief
sorrow won't wane 'til you die
a shattered body deeply hurt
and darkness will cover the light
it's gone forevermore

The field's been left in sorrow
the father and the son
they're gone

The sun shines bright
and anger rises
lorn and lonely
torn apart
don't you think
it's time to stop now
we were charmed and fooled by the old serpent's kiss

Let's pray
that heaven is on our side
through violence and horror
shall honour arise

So let's pray
and blessed shall be our leader
we follow the noble and bright

Don't you hear me crying
crying
come take me away
I hallow thy name

there on the battlefield he stands
down the battlefield he's lost
and on the battlefield it ends

war and anger shall reign
the clash of iron can be heard
by blindness you're driven insane
I'm lost in anguish and grief
sorrow won't wane 'til you die
a shattered body deeply hurt
and darkness will cover the light
it's gone forevermore

that's what the minstrel sing
join in the horrible screams
take part in murderous deeds
reowned be the lion-hearted
join in the minstrelsy
wailing in endless grief
it eagerly longs for more

broken bodies lay on the ground

blood sheds all over the place
the green will be stained forever
and hate reigns all over the field
they keep struggling on in anger

fiercely intense
outrageous, too blind to see
and in pain they keep on singing
we claim the landfor the highlord
god bless the land and our highlord

war and anger shall reign
the clash of iron can be heard
by blindness you're driven insane
I'm lost in anguish and grief
sorrow won't wane 'til you die
a shattered body deeply hurt
and darkness will cover the light
it's gone forevermore

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 2)


Boa-noite, caros amigos e visitantes. Mais uma vez, trago-vos com grande honra mais um capítulo das Crônicas de Elgalor. Sem mais delongas, desejo-vos uma boa leitura, e que os ventos da boa fortuna sempre vos acompanhem, nobres aventureiros!


As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 2)

Por ODIN


A formação de batalha no formato de círculo era a mais usada pelo grupo, pois deixava Aramil e Astreya em relativa segurança para conjurar suas magias. Entretanto, contra criaturas voadoras ela era pouco efetiva.
- Não quebrem o círculo! – gritou Evan desferindo um poderoso golpe com sua lança sagrada, trespassando o peito de um dos gárgulas que descia com as presas prontas para dilacerar Aramil – se eles nos cercarem, teremos problemas.
- Concordo – respondeu Hargor esmagando o crânio de um gárgula com seu martelo – Tallin, cubra Astreya enquanto Evan protege Aramil.
- Certo! – disse Tallin arremessando dois punhais que atingiram em cheio os olhos do gárgula que tentava se aproximar de Astreya.
- Deixem os da frente conosco – gritou Oyama enquanto seu punho esmagava a garganta de um dos gárgulas.
- Que a bravura e a força dos heróis do passado guiem nossas armas nesta batalha, e que nossos esforços garantam a liberdade de nossos amados e a queda destas pérfidas criaturas! – cantou Astreya.

A canção da barda, apesar de sutil, teve um efeito devastador; O vento que soprava de forma tão perturbadora na torre simplesmente cessou, junto com todas as vozes de gritos e gemidos. Além disso, todos os heróis sentiram uma explosão de ânimo e vigor em seus corações.
- Venham, vermes – gritou Bulma enquanto girava seu machado em um violento semi-círculo que rasgou dois gárgulas ao meio – VENHAM!
- Espíritos do vento, atendam meu chamado – disse Aramil fechando os olhos e em estado de extrema concentração – que sua fúria e poder recaiam como a tempestade sobre nossos inimigos!

Quando Aramil recitou a última palavra de seu encantamento, seus olhos brilharam e um turbilhão de vento se fez ao redor dos heróis, erguendo todos os gárgulas e arremessando-os violentamente contra as paredes a mais de cinco metros de altura. Nenhum dos gárgulas foi destruído com o impacto, mas quando eles caíram, foram presas fáceis para os golpes de Oyama, para as lâminas de Tallin e para o machado de Bulma.
- Bom trabalho, Aramil – cumprimentou Evan.
- É só isso? – perguntou Bulma desapontada – eles mal nos arranharam.
- Isto foi apenas um teste – respondeu Hargor – não de nossa capacidade, mas de nossos espíritos.
- Como assim, anão? – perguntou Tallin.
- O demônio queria ver como a torre nos afetaria – respondeu o clérigo.
- Enquanto ficarmos juntos, não há nada que ele possa fazer – disse Astreya.
- E este é justamente o problema – retrucou Aramil enquanto observava atentamente os sete portais cinzentos que estavam espalhados pelas paredes laterais da torre.
- O que quer dizer, Aramil? – perguntou Evan.
- Não é óbvio, paladino? – respondeu Aramil por puro reflexo, ainda observando os portais, como se estivesse chegando a uma conclusão.
- Não, não é, seu maldito! – disse Oyama – Pare de enrolar e explique o que está acontecendo.
- Calma, pessoal – disse Astreya – a torre está afetando nossas mentes novamente.
- Claro... – disse Oyama rindo – acho que a minha mente está sendo afetada para que eu não goste do meu querido amigo Aramil.
- Como é preciso que se tenha uma mente para ser afetada, não há com o que você se preocupar, Oyama. – respondeu sarcasticamente o elfo.
- Aramil! – repreendeu Evan.
- Tudo bem – respondeu o mago – Há sete portais inativos aqui. Ao que parece, cada um deles nos leva para um andar da torre.
- E como os ativamos? – perguntou Hargor.
- Basta tocar neles – respondeu o mago.
- Então vamos logo! – disse Bulma se dirigindo para um portal.

Bulma colocou a mão em um dos portais cinzentos, mas nada aconteceu.
- Parece que alguém não é tão esperto – brincou Tallin.
- E parece que alguns tolos não me deixam terminar de falar – retrucou Aramil.
Os portais – continuou o mago – só se ativam se todos forem tocados ao mesmo tempo. Caso alguém ainda não tenha entendido, isso significa que, como há sete portais espalhados e sete de nós, daqui para frente teremos que seguir separados.

Um momento de silêncio se fez no salão. Com exceção de Bulma, todos estavam muito apreensivos.

- HAHAHAHAHAHAHA – ecoou de repente uma risada sinistra, que parecia vir de todos os lugares, inclusive de dentro da mente de cada um deles.

Evan caminhou para perto de um dos portais e estendeu seu braço.
- Nos encontraremos no fim da torre – disse o paladino com a mais absoluta convicção – todos nós.
- Sim – disse Hargor se aproximando de outro portal – os deuses estão conosco, e não há nada que não possamos enfrentar.
- Tenho pena dos coitados que ficarem no nosso caminho – disse Oyama se aproximando de outro portal.
- Para falar a verdade, estou com um mau pressentimento, mas não quero desanimar ninguém – disse Tallin rindo enquanto se aproximava de outro portal – Vamos!
- VAMOS! – disse Bulma estendendo a mão na direção do portal – É aqui que lutamos, e é aqui que eles MORREM!
- Inspirador... – disse Aramil chegando próximo a um portal.
- Nós vamos conseguir, meus amigos – disse Astreya chegando próximo ao último portal.

- Por Elgalor – disse Evan tocando seu portal.
Todos tocaram seus respectivos portais, que neste momento emitiram uma forte luz púrpura.

Em seguida, todos desapareceram.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Nas Terras Sombrias


Enquanto embarcava em uma aventura e brincava de ser princesa e rainha no jogo Fable III (altamente recomendado!), meu alter-ego deparou-se com um cenário que a lembrou de nossas aventuras pelas Terras Sombrias de Elgalor e nossa torturante passagem pela Torre do Desespero. Eis que, é claro, tal cenário possuia uma música ambiente que, a meu ver, lembra-nos da vastidão assustadora do deserto e desperta sentimentos como a solidão e o medo... uma bem feita trilha sonora para um excelente jogo, e com certeza um bom tema para aqueles de vós que estão planejando levar vossos personagens a ambientes inóspitos e assustadores em aventuras de RPG...


Fable III Soundtrack - Desert

Que os ventos da boa sorte possam sempre acompanhar-vos, bravos aventureiros!

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 1)


Boa noite, caros amigos! Com grande prazer, trago-vos nesta noite a continuação das Crônicas de Elgalor. A história continua a partir do último conto aqui publicado e também coincide, é claro, com o final da compilação das crônicas em pdf e em livro impresso. Por isso mesmo, ao invés de continuar com a contagem normal (este capítulo seria o 28), adotaremos o sistema do livro, que continha 6 capítulos feitos com a junção dos 27 contos originais.

Agradecemos a todos que prestigiaram este trabalho e esperamos que continuem conosco nesta jornada por Elgalor...

Mais uma vez, convido-os a visitar nosso novo espaço: Reinos de Elgalor. Boa leitura!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 1)
Por ODIN.

Astreya, Aramil, Oyama, Hargor e Bulma deveriam adentrar as devastadas Terras Sombrias e chegar à Torre do Desespero, onde enfrentariam um terrível demônio para conseguir lacrar um dos Tomos dos Cânticos Profanos, um artefato maldito que está gradativamente trazendo grande escuridão ao mundo de Elgalor. No caminho, eles encontraram a hábil ladina élfica Tallin, e o recém ressuscitado paladino meio elfo Evan, o antigo líder do grupo que sacrificou sua vida para derrotar o Cavaleiro Negro, há cinco anos atrás. O demônio na Torre do Desespero era capaz de controlar a mente de todos que ali entrassem, e apesar de não poder se materializar fisicamente na torre, era capaz de abrir portais para trazer criaturas horrendas de praticamente todos os planos inferiores. As únicas proteções realmente efetivas de que os heróis dispunham eram os amuletos que o Alto Rei Élfico Thingol Shaeruil havia dado ao mago Aramil.

- Os amuletos nos protegerão por quanto tempo, Aramil? – perguntou Evan enquanto Astreya usava o Olho de Charoxx para abrir a única porta de acesso para dentro da Torre do Desespero.
- Enquanto estivermos conscientes – respondeu o mago – Enquanto um de nós estiver consciente, o demônio não poderá afetar a estrutura física da torre. Eles inclusive oferecem certa proteção contra o controle mental do demônio.
- Isso já ajuda muito – respondeu Hargor.
- Pronto – disse Astreya – podemos entrar.

Um grande clarão avermelhado surgiu onde a barda havia inserido o artefato, e uma porta de pouco mais de três metros de altura se abriu na escura Torre. Evan tomou a frente, e em seguida Oyama, Bulma e Hargor entraram. Tallin e Astreya seguiram logo depois, e Aramil entrou por último. Dois segundos após o mago ter entrado, a passagem se fechou e a escuridão envolveu a todos como uma pesada e fria mortalha.
- Óbvio – resmungou Oyama.
- Vou criar um pouco de luz – disse Astreya erguendo sua mão.
- Espere! – gritou Aramil segurando a mão da barda – Há algo errado.
- Hargor, Bulma – disse Evan – estão vendo alguma coisa?
- Estamos em um salão amplo, com sete portais inativos – respondeu Hargor.
- E existem vários gárgulas nas paredes – disse Bulma segurando mais firme seu machado – mas estão todos parados.
- Acho que até Oyama já percebeu – disse Aramil com seu habitual cinismo- mas se não criarmos nenhuma luminosidade, eles continuarão imóveis.
- O que eu percebi, seu elfo de saias – retrucou Oyama – é que precisamos saber exatamente com o que estamos lidando o mais rápido possível.
- Ele está certo, Evan – disse Hargor erguendo seu martelo – e não há garantia de que os portais funcionarão enquanto os gárgulas não forem destruídos.
- Talvez nem precisemos dos portais – observou Tallin.
- Mas você precisará de luz para procurar por uma alternativa – disse Evan pensativo.
- Criem um pouco de luz e vamos acabar logo com isso! – Esbravejou Bulma.
- Cale-se, sua tola! Precisamos ter cautela – disse Aramil irritado.
- Não, elfo! Precisamos sair rápido daqui, antes que nos matemos – respondeu Hargor sentindo que suas mentes já estavam sendo afetadas.
- Preparem-se – disse Evan erguendo sua lança – Astreya...
- Sim! – respondeu a barda recitando um breve encantamento:
- Espíritos de luz e amor, acabem com esta escuridão e iluminem nosso caminho!

Neste momento, o salão inteiro se iluminou, e todos puderam ver que ele era imenso, parecendo muito maior do lado de dentro do que do lado de fora. As paredes e o chão da torre eram feitos em pedra negra, mas repletos de membros decepados e rostos agonizantes, que se contraiam em dor, mas que não faziam ruído algum. Nas paredes laterais jaziam sete grandes portais em forma de arcos, todos emitindo um tênue brilho cinzento, totalmente opaco.

Acima, havia exatos vinte e um enormes gárgulas de pedra, com asas e braços extremamente musculosos e presas longas e afiadas. No momento em que a luz da magia de Astreya envolveu o salão, os olhos de todos emitiram um perturbador brilho amarelo e eles começaram a se mover. Os gárgulas gritaram e abriram suas asas, voltando sua atenção para os heróis.

- Felizes agora? – perguntou Aramil enquanto todos formavam instintivamente um círculo defensivo com o mago e Astreya dentro.
- Para falar a verdade, sim! – gargalhou Oyama fechando os punhos com força – vamos ver o que este demônio cretino tem para nós.
- Vamos terminar isto rápido e sem desperdício de energia! – gritou Evan – temos ainda a torre inteira pela frente!
- Humph! Esqueci de como era chato lutar ao lado de um paladino... – disse Bulma com um sorriso ameaçador no rosto, enquanto olhava os gárgulas descerem rosnando e gargalhando em uma investida em forma de espiral.

Nisso, um forte vento começou a atravessar todo o salão, e os rostos das pessoas presentes nas paredes e no chão começaram a emitir gritos terríveis de medo e dor.

- HAHAHAHA – gargalhou uma voz poderosa que parecia vir ao mesmo tempo do vento e do coração de cada um deles – finalmente, teremos um pouco de diversão por aqui...