Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

quinta-feira, 17 de março de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 6)


Boa tarde, caros visitantes! Com grande honra, trago-vos neste dia a sexta parte do capítulo VII das Crônicas de Elgalor. Boa leitura e que os ventos da boa sorte estejam convosco!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VII: A Torre do Desespero (parte 6)

Por ODIN.

- É o melhor que você pode fazer? – gritou Oyama em meio a mais absoluta escuridão – Eu já vi meretrizes que batem mais forte do que isso!

Oyama estava cercado por dúzias de corpos de criaturas humanóides disformes, repletas de tentáculos, garras e dentes afiados. O monge guerreiro estava meramente escoriado, e sua voz ecoava desafiadora por todo o salão escuro.
- É SÓ ISSO? - gritava Oyama.

- Está orgulhoso de si mesmo, “monge”? – ecoou uma voz sinistra vinda das paredes laterais do salão - Estes são os mais fracos de meus servos. Se quer mais desafio...

Neste momento, um portal avermelhado surgiu na frente de Oyama, a cerca de meio metro do monge.
- ... entre no portal e me enfrente – continuou o demônio.
Oyama deu um passo à frente. E em seguida, cuspiu dentro do portal.
- Ao contrário do que aquele mago maricas diz, eu não sou idiota – respondeu Oyama dando mais um cuspe - Não vou passar por este portal.
- Então você é um covarde? - provocou o demônio.
- Por que você não vem para cá então, todo poderoso arquilorde das trevas? -riu Oyama – Ah, me esqueci... Você só pode ficar tagarelando como uma lavadeira, não é?
- Eu poderia esmagá-lo como uma de suas pulgas, humano patético – respondeu o demônio - mas já que você não é homem o bastante para vir até mim, vou lhe dar um desafio mais adequado.

- Ande logo então – disse Oyama – não tenho o dia todo.
- Mas para o seu azar, capacho dos anões – respondeu o demônio ironicamente – eu tenho. Eu poderia mandar milhares de meus servos mais fracos até que eventualmente você caia de exaustão e seja devorado, mas isso dificilmente seria divertido de se ver.
- No seu lugar, eu me preocuparia mais em matar a gente do que me divertir – respondeu Oyama ficando impaciente – É por isso que sempre lavamos o chão com a sua corja. Vocês são tão arrogantes que ficam estúpidos. Mais estúpidos.
- Fala o “monge” que mal sabe recitar um mantra, e que passa mais tempo em brigas de taverna do que em reflexão sobre a própria existência ridícula – provocou o demônio.
- Normalmente deixo estas coisas frescas para o Aramil – disse Oyama – Se quiser conversar, sugiro que vá até ele, porque eu não tenho mais paciência nenhuma para agüentar suas baboseiras.

- Eu faria isto, mas Aramil está... indisponível no momento – gargalhou o demônio – de qualquer forma, vocês estão sendo muito egocêntricos. Acham mesmo que a razão de ser de todos os “maus” é matar vocês?
- Então o que você quer? – perguntou Oyama ainda mais impaciente.
- Saborear um pouco de caos e dor alheia – respondeu o demônio enquanto um portal púrpura se abria poucos metros à frente de Oyama.
- Você vai enfrentar agora a criatura que matou Bulma – continuou o demônio – e por favor, esforce-se para durar alguns segundos. A bárbara me propiciou uma diversão maravilhosa, e espero que você faça isso ao menos em parte.

- Não acredito que Bulma ou Aramil estejam mortos – disse Oyama enquanto observava atentamente o portal por onde ele agora via a sombra de um grande vulto.
- Isso não faz a menor diferença, “monge” – respondeu o demônio em um tom suave e irreverente – porque muito em breve, você também estará morto.

Oyama saiu do meio dos corpos das criaturas que ele havia derrubado e entrou em posição de combate. Ele lutaria a sério agora para acabar logo com aquilo e depois ridicularizar o maldito demônio. “Se eu derrotar logo esta criatura, é sinal que Bulma também o fez” pensou Oyama.

Um pequeno clarão rompeu no salão, que agora estava levemente iluminado por uma pálida e atordoante luz púrpura. Oyama percebeu que a luz perturbava um pouco seus sentidos e noção de espaço, mas não se importou. Ele destruiria o que quer que o demônio jogasse contra ele.

Nisso, um gigante do fogo negro e de barbas e cabelos incandescentes saiu do portal. Ele era extremamente musculoso e carregava um enorme martelo de ferro frio, adornado com dezenas de mechas de barbas de anões. O gigante cambaleou por causa do efeito da luz púrpura, mas logo se recobrou e rosnou de forma bestial.

- Tente agüentar vivo ao menos dois minutos, Oyama... – gargalhou o demônio enquanto o monge e o gigante gritavam e corriam um na direção do outro...

8 comentários:

  1. Oyama Flagelo das Feras17 de março de 2011 às 18:34

    hahahahaha, Eu gosto de refletir sobre a existência, mas é que eu me sinto mais conectado com o mundo espiritual e das idéias quando estou exercitando o meu corpo em uma boa briga.

    a emoção de desafiar e ser desafiado, a estratégia de ataque desenvolvida em menos de um segundo, a sensação de estar perto do limite e não poder desistir, a necessidade de se superar, e a sensação de encontrar adversários cada vez melhores é que são os ingredientes para fazer minha mente entrar em sintonia com o universo.

    Tolo é quem não sabe encontrar o próprio caminho para tornar-se melhor, ou que acha que só existe um caminho ou já estão todos pré-estabelecidos. O seu caminho é você que faz!

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  2. Concordo contigo, Oyama! O nosso caminho nós não o encontramos fora e sim dentro de nós mesmos! Agora dê uns bons sopapos nesse gigante e de quebra humilhe esse demônio maldito.

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  3. Uau... será que o Oyama passa dessa (para a melhor, rsrssrs)

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Aterrador a situação do monge.
    Blog deveras interessante, adoro música, ela me faz sentir vivo.

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  6. Caramba a coisa fica cada vez mais tensa!
    Oyama tem literalmente um ENORME desafio pela frente.

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  7. De fato, amigos, é um desafio a altura de Oyama! Obrigada a todos pelas visitas e comentários!

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