Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

sexta-feira, 13 de maio de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 2)


E já que o blogger resolveu retirar minha última postagem, aqui vamos de novo... espero que aproveitem este novo capítulo das Crônicas de Elgalor, nobres visitantes!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 2)

Por ODIN.

Coran Bhael, acompanhado de Astreya e Evan foram teletransportados pelos magos reais de Sírhion para o reino de Sindhar, lar dos altos elfos, onde o rei de Sírhion e sua pequena comitiva se encontrariam com o Grande Rei Thingol Shaeruil para decidir qual seria a postura dos elfos diante o desafio de Skarr.

Ao chegar nas portas do Palácio Dourado de Sindhar, guardas élficos trajados com belas cotas de malha douradas e mantos azuis fizeram uma reverência à Coran Bhael, mas barraram sua entrada no palácio.
- O Grande Rei Thingol Shaeruil está a minha espera – disse Coran diplomaticamente, já sabendo qual era o real problema.
- Apesar de tua recusa em unir as casas de Sindhar e Sírhion em uma grande família ter nos causado grande tristeza – respondeu um dos guardas de forma extremamente polida – o senhor pode adentrar esta palácio sempre que desejar. No entanto...
- Apenas aqueles de sangue élfico puro podem pisar neste local sagrado – completou Aramil, que acabara de se teletransportar ao lado dos guardas, causando um instante de grande surpresa em todos ali.

- Astreya é minha trovadora real, e Evan em breve será nomeado capitão do castelo de Sírhion – insistiu Coran – Não há por que barrar suas presenças.
- Não estamos discutindo valor ou merecimento aqui, vossa majestade – disse Aramil fazendo uma mesura e tomando cuidado com o que dizia – é a tradição. É a lei. Na verdade, pouquíssimos são os meio humanos que já puderam sequer colocar os pés dentro de Sindhar.
- Nós compreendemos – disse Evan – esperaremos aqui.
- E tomaremos cuidado para não causar nenhum desconforto ou problemas mesmo aqui fora, lorde Aramil – disse Astreya fazendo uma reverência imitando o cinismo do amigo mago.
- Conto com isso – respondeu Aramil com um leve sorriso.
- Serei breve – interrompeu Coran olhando para Astreya e Evan enquanto entrava no palácio junto com Aramil – me perdoem.

O rei e o mago adentraram um vasto e iluminado salão repleto de colunas feitas com belas e vigorosas árvores, onde o chão era feito do mais puro mármore e as paredes construídas com pedra da lua, prata e ouro.
- Se o senhor me permite – disse Aramil à Coran enquanto ambos caminhavam nos vastos corredores do palácio dourado de Thingol.
- Não permito – respondeu Coran abruptamente – não aprecio a maneira como você trata lady Astreya ou seus demais companheiros, Aramil.
Antes que Aramil pudesse dar sua resposta, ambos viram a jovem Meliann, a linda princesa de Sindhar, se aproximando ao encontro deles. Ela trajava um belo vestido cor de pérola e mantinha seus longos cabelos dourados presos com um enfeite feito com safira. Como de costume, ela carregava consigo sua ornada harpa de prata.
- Meus cumprimentos – disse Coran à princesa enquanto ele e Aramil faziam uma reverência.
- Sejam bem vindos ao palácio de meu pai – respondeu ela com cortesia devolvendo a reverência para Coran – ele os aguarda.
- Pensei que iria participar desta reunião, vossa alteza – disse Aramil.
- Eu ia, nobre arqui-mago – respondeu Meliann – mas meu pai não se agradou muito com a idéia desde o início. Além disso, há uma pessoa lá fora com quem desejo conversar.

Coran e Aramil fizeram mais uma reverência e seguiram até a sala do trono. Quando chegaram lá, o altivo e belo Thingol Shaeruil estava de pé, usando seu longo manto verde com runas douradas e seu cajado com sete pedras mágicas; ornamentos que o nobre rei usava apenas quando ia para o campo de batalha. Ao ver isso, Coran já pôde imaginar qual seria o posicionamento de Thingol.
- Está vestido para a guerra, nobre Thingol Shaeruil – disse Coran fazendo uma reverência.
- Estamos diante de uma, não estamos? – respondeu Thingol friamente.
Coran levantou a cabeça e olhou profundamente nos olhos claros e frios de Thingol. O Alto rei dos elfos ainda não o “perdoara” por sua recusa em casar com sua filha Meliann e unir os dois reinos sob um mesmo brasão. Contudo, devido ao comentário do guarda nas portas do palácio, Coran não estava surpreso.

- Imagino que lorde Aramil o tenha informado sobre tudo – disse Coran.
- De fato – respondeu Thingol – e recebi também uma mensagem do rei anão Balderk I para realizarmos uma conferência em Darakar sobre como iremos agir diante do desafio do capacho de Gruumsh. Concordei em encontrá-lo em seus domínios assim que resolvêssemos nossa contenda.
- Este será um duelo entre guerreiros, Thingol – disse Coran deixando de lado as formalidades – seria mais sábio que eu ou Bheleg lutássemos representando os elfos.
- Tem certeza que deseja me oferecer conselhos sobre o curso de ação mais sábio a se tomar, rei de Sírhion – disse Thingol friamente – Quer realmente falar sobre sabedoria e discernimento quando tuas ações demonstram o contrário?
- Já pensou o que sua morte causaria ao povo de Sindhar, Thingol? – respondeu Coran ignorando a provocação do rei de Sindhar – O que isso causaria aos elfos?
- Independente de como você maneja sua espada, filho de Bremen Bhael – respondeu Thingol com a habitual frieza e eloqüência – eu já lutava por nosso povo muitos séculos antes de você nascer. Supondo que este orc imundo tivesse a capacidade de tirar minha vida, ele certamente faria o mesmo com a sua.
- Além do mais – continuou Thingol antes que Coran pudesse falar – Eu sou o Alto Rei de nossa raça, e é meu dever ficar a frente de meu povo. Como exemplo e neste caso, como campeão. A única coisa que você pode fazer para lutar em meu lugar seria assumir meu posto.
- Por maior que seja minha estima por você e por Meliann, não volto atrás naquilo que já disse antes – respondeu Coran sabendo para onde Thingol estava direcionando a conversa – Não me casarei com sua filha.

- Neste caso – respondeu Thingol friamente – nossa contenda está decidida. Reúna seus “conselheiros” e prepare-se, pois em duas horas iremos para Darakar.

Um comentário:

  1. Perfeito! Até divulguei no resumo semanal de notícias lá do blog, que agora tem um podcast.

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