Bem-vindos!

Bons amigos, valorosos guerreiros da espada e da magia, nobres bardos e todos aqueles com quem tiver o prazer de cruzar meu caminho nesta valorosa, emocionante e por vezes trágica jornada em que me encontro! É com grande alegria e prazer que lhes dou as boas-vindas, e os convido a lerem e compartilharem comigo as crônicas e canções que tenho registradas em meu cancioneiro e em meu diário...Aqui, contarei histórias sobre valorosos heróis, batalhas épicas e grandes feitos. Este é o espaço para que tais fatos sejam louvados e lembrados como merecem, sendo passados a todas as gerações de homens e mulheres de coração bravo. Juntos cantemos, levando as vozes daqueles que mudaram os seus destinos e trouxeram luz a seus mundos a todos os que quiserem ouvi-las!Eu vos saúdo, nobres aventureiros e irmãos! Que teus nomes sejam lembrados...
(Arte da imagem inicial por André Vazzios)

Astreya Anathar Bhael

quinta-feira, 21 de julho de 2011

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 7)


Saudações, amigos! Esta noite, trago-vos mais uma emocionante parte das Crônicas de Elgalor! Espero que apreciem e boa leitura!

As Crônicas de Elgalor Capítulo VIII: A Guerra dos Reis (Parte 7)

Por ODIN.

O clima era de tensão absoluta no Vale do Escudo Partido; Skarr havia surgido, e trazia consigo milhares de guerreiros orcs, que ocupavam todo o flanco norte do local. Os Guerreiros Dourados de Sindhar, os Cavaleiros da Lua de Sírhion e a Guarda do Trovão de Darakar ocupavam todos os outros flancos do vale, mas ainda eram inferiores em número aos guerreiros de Skarr.

- Para o seu próprio bem, cão – disse Balderk encarando Skarr nos olhos – é bom que seu machado seja mais preciso do que seu cuspe.
- Fale bravamente enquanto pode, nanico! – rosnou Skarr se aproximando lentamente – quando eu acabar com você, não vai sobrar sequer ossos para os ratos roerem, e eu mesmo vou devorar sua carne e beber de seu sangue!
Os orcs vibraram com as palavras de Skarr, e começaram a rir, gritar e tocar tambores de guerra em uma melodia perturbadora e macabra. Skarr continuou se aproximando lentamente de Balderk, até que ambos ficassem a menos de três metros um do outro. O rei dos anões era robusto e vigoroso, mas Skarr tinha uma constituição física quase tão densa quanto a do rei dos anões. Além disso, com seus dois metros e meio, tinha cerca de um metro de altura a mais do que Balderk.
- Tão pequeno... – provocou Skarr com um sorriso macabro no rosto repleto de cicatrizes – quase dá pena... QUASE.
- Não se preocupe com a diferença de altura – respondeu Balderk de maneira calma e fria, fitando desafiadoramente os olhos de Skarr – dentro de alguns instantes, deceparei suas duas pernas, e teremos o mesmo tamanho.
- Falar é fácil, anão tolo – rosnou Skarr girando seu enorme machado de lâmina sangrenta no ar.
- Então cale essa boca imunda e vamos logo ao que interessa! – rosnou Balderk erguendo seu machado e preparando seu escudo.

Neste momento, um círculo vermelho se formou ao redor dos dois, formando uma área de 10 metros de raio. Em seguida, uma redoma transparente começou a se formar, e quando ela se completou, adquiriu uma coloração prateada. Thingol, que estava fora da barreira deu um passo para trás, em silêncio absoluto.
- Espere um pouco, rainha élfica – gargalhou Skarr – assim que eu devorar este porco que pensa ser um javali, arrancarei suas vísceras delicadas e as darei a meus lobos!
Thingol simplesmente ignorou Skarr com um desprezo e indiferença tão grande que o orc ficou extremamente irritado. A arrogância dos elfos sempre o enfureceu, e aquele lhe parecia, sem sombra de dúvida, o elfo mais arrogante daquele mundo.

- Esta barreira prateada... – disse Astreya a seus amigos e a Coran – indica que nossos deuses também estão aqui, não é?
- Sim – respondeu uma voz suave e delicada vinda de trás.
- Meliann? – disse Coran surpreso ao ver a princesa de Sindhar junto do capitão Bheleg naquele local – vossa alteza não deveria estar aqui.
- Eu não podia deixar de vir, rei Coran – respondeu ela fazendo uma mesura – não quando meu pai está correndo um risco tão grande.
- Por opção dele – atreveu-se Tallin.
- De qualquer modo – começou Bheleg fulminando Tallin com um olhar – a princesa Meliann realmente não deveria estar aqui, mas...
- Se porventura meu pai for derrotado – disse ela quase desmaiando ao considerar a possibilidade da morte do querido pai – eu terei o dever de guiar nosso povo, e não teria coragem de encará-los se não fosse mulher o bastante para vir até aqui.
- Eu entendo – disse Astreya – faria o mesmo no seu lugar.
- Mas por que vocês estão aqui, e não com as forças de Sindhar? – perguntou Evan.
- Eu tenho que discutir algumas coisas com o rei Coran, e Meliann insistiu para vir junto – respondeu Bheleg quando um trovão rasgou o céu.
Como que fascinados por magia, todos os presentes no Vale do Escudo Partido olharam para a redoma no mesmo instante, e viram que o combate havia começado.

Skarr gritou ferozmente, e seus músculos cresceram de forma assustadora. Seu rosto quase se desfigurou tamanha a fúria e ódio que agora o dominavam, e ele saltou sobre Balderk brandindo seu machado profano com uma força que seria capaz de partir rochas assim como uma faca corta manteiga quente. Balderk habilmente se esquivou da primeira machadada, e bloqueou a segunda com seu pesado escudo. Quando o machado de Skarr atingiu o escudo de Balderk, um estrondo assustador pôde ser ouvido em todo o vale. A força do golpe, apesar de terrível, não foi capaz de desequilibrar a base de Balderk, que contra-atacou ferozmente fazendo um arco horizontal com seu machado no pescoço de Skarr. Movido por um instinto bestial forjado em centenas de batalhas, Skarr se esquivou por menos de um centímetro da lâmina de Balderk. O rei dos anões estava com o escudo pronto para atingir em cheio o rosto de Skarr, mas no último momento decidiu que aquele movimento deixaria uma brecha perigosa demais em seu flanco esquerdo, e que provavelmente não atordoaria aquele orc. Balderk se virou, posicionando-se no flanco direito de Skarr, que estava completamente aberto. Quando o anão desferiu seu golpe, viu o machado de Skarr girando novamente em sua direção, formando um arco vertical descendente, que tinha pouca precisão, mas possuía uma força avassaladora. Se ele bloqueasse com o escudo, não seria capaz de atacar. Confiando em sua armadura e na sua vasta experiência, Balderk deslizou um pouco para o lado esquerdo e golpeou as costelas de Skarr com toda sua força. O machado de Skarr desceu impiedosamente sobre o ombro de Balderk, criando uma rachadura na armadura e um corte profundo no ombro do rei. Imediatamente, Balderk percebeu que o machado de Skarr carregava algum tipo de veneno, pois sentiu a ferida queimar como se estivesse devorando sua carne. Balderk rangeu os dentes com força e sabia que aquele veneno seria capaz de derrubar um ogro, mas não o Grande Rei de Darakar. O machado de Balderk atravessou as costelas de Skarr com precisão cirúrgica, rasgando um dos pulmões do grande orc. Skarr urrou de dor, mas não parou seu assalto, e desferiu mais duas machadadas contra Balderk.

- Por... por Corellon... – disse Meliann tremendo compulsivamente – eu nunca pensei que...
- Calma – disse Bheleg segurando-a nos braços e virando o rosto da jovem – ele não chegará tão perto de seu pai.
Coran e Evan se entreolharam preocupados. Apesar de Balderk ser o guerreiro mais poderoso de Elgalor, Skarr definitivamente não era um orc qualquer.
- 50 peças no anão – Tallin falou subitamente – alguém cobre?
- Não é hora para isso! – explodiu Astreya se arrependendo logo depois, pois sabia que Tallin estava apenas tentando ajudar.

Sem perceber, Astreya segurou forte a mão de Coran naquele momento, enquanto olhava para Meliann. Ela tinha diversas razões em sua mente para sentir um certo ciúme da bela princesa, mas quando a viu com os olhos cheios de lágrimas e a maneira como ela havia se aconchegado nos braços de Bheleg, percebeu que não havia razão para tais sentimentos. E antes que percebesse, os braços de Coran já haviam suavemente envolvido seu corpo. Tallin olhou para os lados e notou que os elfos de Sírhion e de Sindhar estavam praticamente mudos, assim como Thingol Shaeruil, que parecia estudar cada movimento que Skarr fazia.

- Humph! – resmungou Elenna Aldalen para Aramil enquanto se esforçava para esconder o fato de suas pernas estarem tremendo – Rei Coran ou meu tio seriam capazes de derrotar facilmente esta besta, não acha, lorde Aramil?
- Não há porque pensar nisso, uma vez que nenhum deles cruzará espadas contra Skarr, Elenna – respondeu Aramil com indiferença.
- Mas ao contrário do que os humanos e anões tolos dizem, Balderk não é melhor do que os melhores guerreiros de nossa raça – respondeu Elenna com orgulho e uma certa dose de insegurança - Eles são muito mais ágeis, velozes e...
- Cale-se, criança – disse Aramil aborrecido – nosso representante é Thingol Shaeruil, o maior arquimago de toda Elgalor. E ele, ao contrário de você, está focado naquilo que realmente importa. Se encontrar seu tio, verá que ele também está quieto e prestando atenção a cada movimento que é feito na luta.
Elenna virou o rosto contrariada, pois esperava que Aramil, um dos mais xenófobos elfos de toda Sindhar, fosse apoiar sua causa. Quando conseguiu encontrar seu tio com o olhar, percebeu que ele abraçava Meliann, mas realmente observava cada movimento feito como se estivesse gravando-os. O rei Coran e até mesmo o meio elfo Evan também faziam o mesmo. Sem outra alternativa, ela cruzou os braços e, como os outros guerreiros de seu povo, também observou a luta em silêncio. Mas suas pernas ainda tremiam...

3 comentários:

  1. muito bom grande odin,

    essa batalha era uma das mais esperadas por mim desde o começo da sua narrativa.

    a luta do skar é muito legal.

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  2. Espere só para ver a segunda parte, amigo Gleyson! Logo, logo, eu a postarei. Essa parte também era uma das mais esperadas por mim, lembro que foi muito emocionante para todo mundo na mesa de jogo!

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  3. Ai, ai, ai... to sentindo que a coisa vai ficar feia!

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